Num futuro próximo, poderá ser preciso pagar para entrar de carro em Miranda, ou em certas zonas da mesma. A ideia partiu do Secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, que desafiou esta sexta-feira, o município de Miranda e outros 40 escolhidos para participar no projecto Mobilidade Sustentável, a pôr esta e outras medidas ambientais em prática.
Entre alguns exemplos, o secretário de Estado incentivou os municípios a aplicarem portagens para acesso a determinados locais das cidades, a limitarem a circulação consoante o número de passageiros de cada carro (incentivado a partilha de viaturas) e, "no futuro, consoante o tipo de combustível". Apelou também à mudança de combustíveis nos transportes colectivos, que são «dos mais carentes de mobilidade sustentável, uma vez que dependem de combustíveis fósseis».
O que podemos reter desta brilhante ideia?
O projecto é interessante, mas as palavras do Sr. Secretário de Estado pecam por serem idealistas e não realistas como o deveriam ser. No que respeita, à cidade de Miranda, este projecto poderá mesmo ser apelidado de utópico, pois uma cidade que vive essencialmente do comércio e do turismo não pode jamais impor taxas de circulação. Pode-se concordar com a colocação de portagens, em certos monumentos, tal como já acontece em Portugal com o Castelo de S.Jorge, em Lisboa, entre outros. Mas, poucos concordarão em colocar portagens na Zona histórica, por exemplo, quando se assiste a uma tentativa de ressurgimento desta zona da cidade. Não seria melhor portajar todos aqueles que visitam o Parque Natural do Douro Internacional?Aqui fica a ideia!
Quanto à mudança de combustíveis nos transportes colectivos, que se avance o mais rapidamente nesse sentido, essa sim é uma medida a ter em conta.
Entretanto, parece ainda não ter havido qualquer tipo de reacção por parte da Câmara Municipal. Esperamos, dentro em breve, poder dar mais explicações aos nossos leitores.
Se a Autarquia de Miranda do Douro quiser prestar mais esclarecimentos aos mirandeses envie-nos um e-mail para pauliteiros@gmail.com, pois nós publicaremos a informação com todo o agrado.
3 comentários:
kalker dia ainda vamos ter que pagar para sair de casa...
Discordo deste post, e acho que é uma grande ideia. Por um lado desde à muito tempo que defendo que a zona histórica da cidade deveria ser uma área pedonal, isto porque a sua extensão não justifica o uso de qualquer veículo para a percorrer, e também porque os constantes carros que percorrem a zona histórica atrapalham todos aqueles que a visitam a pé, e degradam o piso de uma forma mais rápida tornndo esta área mais feia e degradada. Por outro lado é uma medida que sustenta um carácter ambientalista e sustentável e cabe às pessoas de Miranda serem pioneiras nestes temas.
Fica a minha sugestão: locais de estacionamento fora das muralhas com capacidade para acolher mto veículos; bicicletas à entrada das muralhas para kem kisesse fazer uso delas; Deixar circular excepcionalmente de automóvel os habitantes da zona histórica e durante horas específicas os responsáveies pelas cargas e descargas.
E o comércio dessa zona? A vida dessa zona?
Se hoje em dia muitos dos que nos visitam nem entram na zona histórica, caso de milhares de espanhóis, se lhes tiramos a possibilidade de lá se deslocarem nas suas viaturas, então que futuro para zona histórica?!
Dentro de poucos anos o processo de desertificação da Zona histórica será mais acentuado e depois o que fazer!
Há que prevenir o futuro!
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